EDUCAÇÃO E EXPERIÊNCIA ESTÉTICA: “FECHA OS OLHOS E VÊ”

Neste ensaio problematizo um discurso pedagógico que mesmo tendo como objetivo incluir a arte no processo educativo pode vir a esvaziar as dimensões simbólica e real de tal experiência. Isso porque, de modo geral, a arte tem sido concebida como estratégia didático-pedagógica utilizada na transmissão de conteúdos. Em práticas como essas desconsidera-se o que a arte evidencia: não se trata de interpretação ou compreensão, mas do confronto do sujeito com a incompletude do simbólico e com o real irredutível. Trazer para a discussão o enigma do ato criador a partir de reflexões realizadas pela Filosofia, pela Estética e pela Psicanálise parece-me iluminar as condições e possibilidade de pensarmos experiências estéticas não reflexivas que incluam a “Inelutável modalidade do visível” (JOYCE, 2012)